quarta-feira, 25 de junho de 2014

As lágrimas dos anos setenta.

 
Havia a consciência da nossa fragilidade ; um ímpeto de  refazer a vida, despertar o amor nas pessoas . Andar em bando, sentir-se diferente da maioria. Vestir-se doutro jeito que desse visibilidade ao corpo.   Não mais as posturas rígidas das salas de visitas, mas, a chance de ficar à vontade. Andar e sentar maleável.
Já não importava a timidez, a casa sem pintura e de portão quebrado; podia-se esquecer a humilhacão da infância, os colegas mais ricos. Usar pulseira de barbante, saia de estopa.
Deixar  pra trás a ansiedade da mãe torcendo pelo casamento da filha.
Criou-se um palavreado novo, uma esperanca inédita. E a energia da contestacão.

Can't you hear me knocking- rolling stones

http://www.youtube.com/watch?v=3fa4HUiFJ6cTalvez continue escrevendo isso

4 comentários:

lyz disse...

excelente!
E importante, porque há um pensamento crítico(sebe-se lá o que é isso), que diz e determina: Depois da décado de 1960, nunca mais aconteceu nada, nunca mais as pessoas foram tão brilhantes, lindas e tudo o mais;-)
bjs

rose marinho prado disse...

Ás vezes fico pensando se tudo foi real, ou, um teatro, assim, pra quase todos...Há que se considerar o quanto custou negar a cultura familiar herdada. Fomos corajosos, nem todos, muitos. Alguns faziam fita, beicinho, olho de doido...Mas quando pode subiu na arca do Tio Patinhas. E tudo marcou o ocidente e tudo virou modo de viver, estilo, até comer arroz integral. Uns poucos mantiveram enxuta a proposta que voava feito bando de andorinha. Conseguiram manter tudo em unidade, ainda que sem chance de dizer o que foi. E (...) as músicas do Milton hoje vendem produtos. Nada a reclamar. Beijossssssssssssssssssssssssssssssssssss

rose marinho prado disse...

Quebrar padrões consagrados em séculos: fizemos isso, claro que copiando o que vinha de fora. Mas recria´vamos tudo...feito sempre. Havia a brasilidade...E hoje tudo virou nada ou propaganda...Mas o tempo só o tempo vai secar as sementes, feito p fazer café...

rose marinho prado disse...

década de 60 e 70;;;;Dos 70 é que eu falo...